Dia 1 – Ao sair do Brasil, duas amigas na época me levaram até o Aeroporto Tom Jobim e aguardaram até o momento do meu embarque. Eu não me sentia feliz, e já dentro do avião, devo ter chorado pelo menos por 1 hora. Já me sentia cansada após uma longa conversa com a Policia Federal no Brasil que não entendia por qual motivo em viajava apenas com meu bilhete de ida. Mostrei meu contrato e expliquei insistentemente que partia para trabalhar em um cruzeiro marítimo e regressaria ao Brasil no próprio navio. Chegando em Lisboa novo estresse com a Policia Federal portuguesa para me liberar rápido, pois meu vôo de conexão para Veneza partiria em apenas 20 minutos. Do Rio a Lisboa tive uma companheira de assento que tossia a noite inteira, não consegui dormir. De Lisboa a Veneza o cansaço me tomou, dormi a viagem toda.
Cheguei à cidade de Veneza por volta das 12h, após um primeiro vôo de 9h50, mais 2h20 até Veneza. Estava cansada, precisava de um banho, o fuso horário em Veneza era de 5h à frente do Brasil, tive a infeliz surpresa de descobrir que o transfer não apareceu para me buscar. Arrastando duas malas pesadas sai à procura de cartões de ligação local e internacional, afinal era 2008, não havia a facilidade de pedir para minha operadora no Brasil fazer um roaming no celular como nos tempos atuais.
Liguei para o escritório da companhia de cruzeiros na Itália e a informação que recebi foi de que a informação de meu vôo de chegada estava incorreta, mas eu deveria aguardar. Sentei em algum banco naquele pequeno aeroporto lotado de turistas, meia-hora depois estava lá o motorista se desculpando, ainda tive que aguardar junto com ele por mais 2 horas, a chegada de mais quatro passageiros provenientes das Filipinas.
Detalhe, este senhor não falava inglês e eu não falo italiano, nem me pergunte como conseguimos nos entender. Ele nos conduziu até Mestre, que fica a 40 minutos de distância de Veneza, ali nos hospedamos. Era verão, muito calor, acho que por volta de 40 graus, alta temporada de turismo, hotéis lotados. Perambulei pelo local em busca de comida, farmácia, supermercado e um local com Internet. Na maioria destes estabelecimentos eu não encontrei italianos que falassem inglês, a dificuldade na comunicação era muito desgastante.
Voltando ao hotel descansei um pouco até a hora do jantar. Durante a refeição conheci mais três tripulantes, estes eram brasileiros, provenientes da cidade de Santos, íamos todos trabalhar no mesmo navio. Este não era seu primeiro contrato então já conheciam bem o local me convidaram para um passeio, já eram 21h e o dia ainda estava claro, como são as noites de verão na Europa. Eu estava exausta, sonolenta, com fuso horário do Brasil para mim parecia ser de madrugada, desmaiei na cama.
Itália - Veneza, 05 de julho de 2008 (sábado)
Dia 2 – Após uma noite mal dormida, pois meu corpo na confusão de no fuso horário não me deixou mais dormir à partir de 2h da manhã desci e encontrei os os novos amigos do dia anterior em um farto café da manhã. Em seguida nos dirigimos ao lobby para aguardar o transfer até o Cais do Porto. Seguimos em uma confortável van eu, 3 brasileiros, 4 filipinos, 1 argentino, 1 italiano e 1 polonês. Apenas eu e o italiano, éramos literalmente marujos de primeira viagem, por acaso também íamos trabalhar no mesmo setor, o Setor de Entretenimentos. O argentino era engenheiro, o polonês não conversou, nem se apresentou, os filipinos e os brasileiros ajudantes de cozinha e garçons, este grupo foi até o cais reclamando de retornar ao trabalho tão depressa. No navio você não tem dias de folga, seus turnos são mais curtos mas folga mesmo apenas nas férias entre um contrato e outro que pode durar 2 ou 3 meses, após uma jornada de 5, 6 ou 8 meses de trabalho, dependendo da sua função. Tentei ignorar as reclamações, afinal minha jornada seria longa demais para me permitir que a minha mente já entrar-se no navio com uma má impressão.
Tentava me alegrar eu estava em Veneza, um lugar cheio de história, paisagens lindas e comida deliciosa. O navio passaria por ilhas na Grécia, cidades da Turquia e da Croácia, tentava achar prazer pensando nestas novas experiências.
Na chegada ao Porto em Veneza, o dia estava mais quente que o anterior, o clima era seco, o céu estava nublado. As malas são entregues na entrada do porto, você já não sabe em qual momento vai reencontra-las, eu, o grupo que conheci no hotel e mais um monte de tripulantes novos ou regressando de férias ficamos quase 1h em uma fila do lado de fora do navio checando documentos, respondendo perguntas, passando pelo raio X, meu coração batia mais acelerado. Eu observada tudo, era muita informação nova, sentia sede e uma sensação de angustia pois quando você assina o contrato ninguém avisa o que vai acontecer deste dia em diante. Finalmente dentro do navio mais perguntas, entrega de documentos, apresentação de todos os exames a um médico e duas enfermeiras, assinatura de outro contrato, distribuição de chaves de cabines, foto para crachá e finalmente parada para um cafezinho.
Ufa!
A esta altura eu só queria voltar para cama e dormir mais 5 horas. Finalmente apareceu alguém do setor de entretenimento para levar eu e o italiano ao nosso departamento e depois circular pelo navio. Caminhamos em áreas internas com ar-condicionado e áreas externas aonde fazia muito calor por mais 1 hora. Ao circular pelos decks a vista de Veneza era incrível mas eu estava exausta e só pensava em dormir novamente, mas sentia o alívio de já ter embarcado e também reencontrado minhas malas.
Pouco antes do almoço conheci meu chefe o Diretor de Entretenimentos, um canadense, jovem, olhos azuis arregalados, figura agitada, falante, engraçada.
Sentei com o diretor e a pessoa a quem eu ia substituir, ela estrava em euforia, ia sair de férias, ia me treinar por exatos setes dias e voltar para sua terra natal e descanso merecido.
Guiada por um deles voltei à primeira sala que visitei no navio para o primeiro dia de treinamento. Seriam mais 13 dias de treinamento com duração de 2h a 3h30, cansativos, porém necessários. Após as aulas, me ajudaram a voltar ao escritório e junto com minha substituta terminamos o dia circulando pelo navio para reconhecer os novos hóspedes. Finalmente fui dormir em minha cabine temporária e descobri que minha companheira também era uma brasileira que trabalhava no setor hoteleiro, ela atendia os hóspedes em um balcão como o de check in de um hotel.
Sim, o navio é um grande resort que flutua com setores administrativos que trabalham em sintonia para tudo girar da melhor maneira possível.
Este foi o dia 1 e apesar de exausta eu não dormi bem, o balanço, barulho das ondas, muitas coisas novas, colegas de trabalho provenientes de 60 nacionalidades diferentes. Hoje percebo que teria encarado tudo aquilo de forma diferente se fizesse uso dos óleos essenciais.
Ilhas Gregas, castelos na Croácia, sítios arqueológicos incriveis, ruas pavimentadas de olho grego e mulheres tecendo tapetes maravilhosos na porta das lojas, era isso que eu ia visitar nos próximos meses.
Mas eu não estava ali por um AMOR por viajar, apesar de receber com gratidão a oportunidade.
Havia um MEDO, não sei explicar do que mas o coração estava intranquilo.
Sabe o contrário do AMOR é o MEDO, envolvida no medo não havia como amar.
Pois é a Bíblia ensina
"No amor não há medo; o amor que é totalmente verdadeiro afasta o medo. Portanto, aquele que sente medo não tem no seu coração o amor totalmente verdadeiro, porque o medo mostra que existe castigo. 1João 4:18 NTLH"
Hoje sei que os óleos essenciais teria me ajudado em várias situações que descrevi no texto.
* JET LAG (mudança brusca de fuso horário) causa insônia, fadiga e irritabilidade - aplique 2 gotas de óleo essencial de Hortelã Pimenta nas têmporas, inspire ou se puder leve um difusor e coloque no quarto na hora de dormir.
A doTerra produx um mix de óleos chamado Slim & Sassy que também devolvem o equilíbrio. Vale a pena conhecer este óleo, tomando 1 gota sublingual ele reduz o apetite, o desejo por doces, melhora a sensação de fadiga e controla os distúrbios alimentares.
MEDO, para lidar com ele vou relacionar uma lista de óleos que ajudam a melhorar o comportamento. A ação dos óleos tira a agitação causada pela presença ou iminência de perigo ou de ameaça.
*Aplicar fazendo massagens no peito ou inalando: Bergamota, Patchuli, Pimenta-Preta, Ravensara
* Mix de óleos vendidos pela doTerra que de igual modo devem ser aplicados com massagens no peito ou na sola dos pés, a inalação também é eficiente: Brave, Peace, Motivate, Console, Passion
INSONIA - use o óleo essencial de Laranja Selvagem inalando ou 2 gotas em um copo de 200ml antes de dormir, tenho conhecimento apenas dos óleos da marca doTerra para ingestão, não arrisque com outro que não tenha esta informação no rótulo. A Laranja Selvagem tem um poder antidepressivo, ela é edificante, revigorante e traz a sensação de renovação. Além disso, os chineses foram os primeiros a reconhecer o valor da casca de laranja no tratamento de tosses e resfriados.
ANSIEDADE - óleio essencial de Jasmim, ele trata trazendo euforia, esplendor e alegria. Na Índia o jasmim é conhecido como a "rainha da noite" porque geralmente floresce à noite.
Óleo essencial de Magnólia para a cura da ansiedade, depressão, falta de energia, irritabilidade, raiva, histeria, pânico, sofrimento e sensação de se sentir em choque. Ele pode ser usado com massagens na nuca, testa, coração, sola dos pés ou aplicação de uma gota sob o nariz. A Magnólia é uma flor colhida à noite, quando elas são maios perfumadas, era tradicionalmente usada em cerimônias para aumentar a confiança e o bem estar.
Em tempos de Covid-19 ainda estamos vivendo tempos diferentes por vários meses, não se acomode no sofrimento, estes sentimentos só tendem a deixar as coisas piores. Invista em óleos essenciais, você nao não se arrepender. Se tivesse estudado sobre o poder dos óleos essenciais eu jamais teria me permitido viver aquelas emoções que me roubaram por meses o prazer de conhecer aqueles novos lugares.
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